Aguarde...

Benvindos Benvindos

HISTÓRIAS E LENDAS

Rica nas suas tradições e costumes, Ventosa conta-nos também interessantes histórias e lendas.
 
Vejamos os mistérios que encerram algumas delas...
 
LENDA DE SÃO DOMINGOS
 
Contam os antigos, que há muitos séculos atrás, São Domingos veio para Sacorelhe e que por ali viveu, na zona perto da floresta, a que chamam o "Lameirão".
 
Os populares tinham uma grande estima por São Domingos, de tal modo que, após o seu falecimento, construíram uma pequena estátua em pedra em sua representação e memória.
 
Por ser conhecido como um santo milagreiro, conta-se que os habitantes de Vasconha, uma povoação das proximidades, na freguesia de Queirã, queriam levar São Domingos para a sua povoação.
 
Por isso, cada vez que as mulheres de Vasconha vinham ao "molho" para a zona de Sacorelhe, escondiam o São Domingos no meio do molho a fim de o levarem para Vasconha.
 
No entanto, São Domingos, que era levado pelas mulheres, bem escondido no meio da erva, acabava sempre por regressar a Sacorelhe sozinho, sem que ninguém soubesse explicar esse mistério.
 
A lenda de São Domingos é uma das mais populares na freguesia de Ventosa, mantendo-se viva na memória do povo, que assegura que no Lameirão, por onde andava São Domingos, ainda se podem encontrar as ruínas da sua sepultura e do púlpito onde pregava.
Relatam também que foram feitas diversas tentativas para retirar o púlpito do local, sem que, até hoje, alguém tivesse conseguido concretizar a sua retirada.
 
A Direção Geral do Património Cultural realizou escavações no local denominado Lameirão e classificou a estrutura ali existente como uma sepultura rupestre, da alta idade média. Segundo Marques (2000) *, trata-se de uma "campa antropomórfica, com cabeceira em arco de volta perfeita, 1,70 m de comprimento, 42 cm de largura máxima e está orientada a 50º. (…) Segundo informação oral, junto à casa da guarda-florestal, a cerca de 20 m da sepultura, foram identificadas telhas e pedra aparelhada, que de acordo com a tradição popular estariam relacionadas com uma igreja dedicada a São Domingos“.
 
A lenda perdura e, atualmente, no lugar de Sacorelhe, encontra-se uma Capela construída em honra de São Domingos, localizada num largo ao qual foi igualmente dado o nome do santo. Trata-se de uma capela em pedra, com uma só nave e um campanário (torre com sinos).
A Capela não se encontra permanentemente aberta a visitantes, contudo é possível agendar uma visita mediante contacto prévio.
Anualmente, abrem-se as portas para acolher as festas em honra de São Domingos, a 4 de agosto. 

Fonte: Vouzelar – Associação de Promoção de Vouzela in https://ms-my.facebook.com/vouzelar/posts/1143916432435963:0  

 
LENDA DO TESOURO DA MOIRA ENCANTADA
 
Contam os antigos que havia uma moura encantada que guardava um grande tesouro num lugar que os habitantes locais chamam de “curvinha”, numa zona de mata, próxima ao local onde se encontram atualmente os depósitos que abastecem os fontanários da localidade de Vila Nova. A moira encantada aparecia junto a uma rocha, pois um encantamento a teria prendido a essa pedra, onde era obrigada a viver como guardiã de um grande tesouro, a menos que alguém conseguisse quebrar o encantamento.
 
A moura, subtil donzela dotada de grande beleza, prometia a quem a encontrava infindáveis riquezas mas para isso teriam de quebrar o encanto. A condição para quebrar o encanto e libertar a moura e o tesouro que ela guardava era ser dotado de um coração puro, livre da cobiça e da ganância, livre de qualquer má intenção. 
 
Se alguém que não reunisse estas qualidades tentasse, ainda assim, alcançar a moira ou o seu tesouro iria falhar e não conseguiria desencantar a Moura, “dobrando o encanto”, não obtendo o tesouro e perdendo a moura encantada.
 
Foi então chamado um padre para que este pudesse quebrar o encanto, libertando a moura e o tesouro. Chegando ao local, a moura apareceu ao padre e aos presentes que até ali o encaminharam. Ao mostrar ao padre o tesouro que guardava, por entre as várias relíquias, jóias, ouro, havia um cálice dourado. Ao ver o cálice, o padre terá dito: “De entre todas as riquezas, apenas quero o cálice”! Ao proferir estas palavras, o tesouro e a moira desapareceram em frente aos olhos das pessoas que ali estavam. O seu encantamento tinha sido dobrado!
 
 
LENDA DO DRAGÃO
 
Esta lenda conta-nos que em tempos antigos, havia uma criatura enorme e com pele coberta de escamas, um dragão, que vivia numa mata próxima à povoação de Vila Nova, num largo chamado Santo, em Portelo de Vila Nova, próximo ao atual parque de campismo da N. Sra. Do Castelo. 
 
Esta criatura exigia aos habitantes daquelas terras que lhe fosse entregue diariamente uma pessoa para seu alimento. Caso recusassem fazer o sacrifício humano, a criatura devastaria todas as povoações ao redor. Assim, a fim de conter a fúria do dragão, alguém diariamente era entregue à mercê da criatura para ser devorado, cumprindo a sua vontade.
 
No lugar da Corujeira, vivia um homem que era criado na casa de um grande senhor da época. Um dia, este homem ofereceu-se para ir ao encontro do dragão. Terá montado um dos cavalos de seu senhor e preparou-se para ir até ao covil da criatura, onde seria devorado. 
Mas ao chegar junto do monstro pegou numa lança que trouxera consigo e lançou-a sobre o dragão, atingindo-o e matando-o.   
 
Considerado um herói, em sua homenagem, na casa onde era criado foram edificadas pedras à entrada com a representação da sua imagem matando o monstro. Ainda hoje se podem ver estas esculturas junto da casa onde vivia o herói. 
 

Este site utiliza cookies. Ao utlizar o website, confirma que aceita a nossa politica de privacidade.